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Dr. Paulo Carvalho

Curriculum vitae:

- Médico dentista pela FMDUP

- Pós-graduado em Implantologia

- Pós-graduado em Cirurgia Oral Avançada e Enxertos Autógenos pela ImplantBrazil

- Pós-graduado em Reabilitação Oral Estética

- Formador externo em Implantologia e Cirurgia Plástica Periodontal no Centro de Formação Prof. Fernando Almeida

- Coordenador da Residência clínica de Prótese sobre Implantes na Foramen Dental Education

- Orador em diversas conferências nacionais e internacionais

Pensar em implantes dentários remete-nos imediatamente para considerar disponibilidade óssea para a sua ancoragem e osteointegração. Na realidade, durante as primeiras décadas da Implantologia, os clínicos focaram-se quase exclusivamente neste parâmetro. Já na última década, gradualmente, a evidência clínica e científica tem mostrado cada vez mais a importância da quantidade e qualidade dos tecidos moles em torno dos implantes para a sua estabilidade a longo prazo. Já não é mais apenas um impacto estético mas igualmente biológico. Que outras premissas terão impacto nesta constante luta diária e dinâmica de todos os implantologistas no sentido de preservarem o osso marginal em torno dos seus implantes? E em situações de defeitos ósseos prévios? Seja em cristas cicatrizadas ou em implantes já instalados, alguns casos existem onde certos defeitos de crista podem ser compensados e resolvidos apenas com enxertia de tecidos moles. O intervalo de indicações para esta abordagem tem-se estendido cada vez mais, mesmo em implantes já instalados com deiscências significativas. O recurso a técnicas de regeneração óssea guiada acarreta mais invasividade e estende bastante mais no tempo os tratamentos, além de lhe ser reconhecida uma imprevisibilidade de resultados com alguma frustração junto de muitos clínicos. Importa, por isso, discutir quais os limites de cada abordagem e definir criteriosamente as suas indicações, centradas em evidência clínica e científica, bem como nos próprios interesses do paciente.